Descolamento de retina

O descolamento da retina acontece quando a retina se desprende do interior do globo ocular, é uma emergência médica e deve ser tratado o quanto antes para evitar a perda total da visão.

O principal sintoma são manchas escuras em formato de bolhas ou pontos, que se movem com o movimento dos olhos, ou enxergar flashes de luz ao mover a cabeça e os olhos, podendo ser mais perceptíveis ao olhar para um fundo escuro.

Isso pode acontecer sem aviso prévio, ou em decorrência de algum outro problema, como ferimentos nos olhos ou na cabeça, miopia extrema ou tração na retina, podendo levar à cegueira se não for imediatamente tratado.

O tratamento mais adequado vai depender do diagnóstico, averiguando o causador.  Descolamentos que causaram, de fato, uma ruptura da retina, podem ser tratados por meio cirúrgico, como a vitrectomia.

Consulte sempre um oftalmologista e evite a automedicação.

Retinopatia diabética

A retinopatia diabética é uma doença que afeta os pequenos vasos da retina, estrutura do olho responsável pela formação e envio das imagens ao cérebro,  está relacionado ao tempo de duração do diabetes e ao descontrole da glicemia.

Quando há esse descontrole, acontecem uma série de reações no organismo, e uma delas é a alteração na retina (hemorragias, edema etc).

O exame com a pupila dilatada permite que o especialista consiga visualizar se houve alguma alteração no fundo do olho, região onde a retina está localizada.

Conforme a doença avança, alguns sintomas podem surgir, dentre eles podemos destacar os seguintes:

  • Pontos ou manchas pretas na visão;
  • Visão embaçada;
  • Alteração ao exame de refração;
  • Visão noturna prejudicada, devido às manchas escuras que flutuam na visão;
  • Perda progressiva da visão periférica.

O tratamento é definido de acordo com o estágio da doença e, geralmente, tem como objetivo retardar seu avanço. Nos estágios iniciais, o tratamento indicado é a monitorização regular com um especialista. É comum que o médico recomende que o paciente mude o seu estilo de vida, buscando com isso controlar os níveis de glicemia no sangue, bem como outros fatores que contribuam para o agravamento da doença. Nos casos mais graves, como na retinopatia diabética proliferativa ou edema macular, o profissional pode recomendar injeções intra-vítreas (“dentro do olho”), procedimentos com laser ou cirurgia de vitrectomia

É recomendado a todos, diabéticos ou não, que consultem  um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano.

CIRURGIA DE CORREÇÃO

Correção da miopia ou cirurgia refrativa é um procedimento utilizado para corrigir a miopia, hipermetropia, astigmatismo e a maioria das associações entre estes graus.

A cirurgia a laser pode corrigir graus mais altos, mas, depende de outros fatores, como a curvatura e espessura corneana pré-operatória. Por isso, é preciso respeitar alguns limites. Para miopia, o indicado é para pessoas com até 10 graus e nos casos de hipermetropia e astigmatismo, seis graus.

A correção da miopia costuma não ter regressão do problema, o que pode acontecer é o grau não estar totalmente estabilizado, ou seja, uma variação de 0,5 graus/ano, e isso leva ao surgimento de algum grau de miopia novamente. Nas correções de astigmatismo e hipermetropia, pode ocorrer uma leve regressão de 15% nos primeiros anos.

Pacientes com ceratocone, diabetes descompensada, herpes ocular, ambliopia severa, as distrofias corneanas e doenças autoimunes mais graves são impedidos de realizar a cirurgia. Também não é possível realizar o procedimento durante a gestação ou amamentação.

Caso esteja dentro do grupo indicado para fazer a cirurgia de miopia, o médico solicitará a interrupção do uso de lentes de contato, tanto as gelatinosas ou rígidas, de 1 semana a até seis meses. Isso porque elas podem interferir na curvatura da córnea.

Em seguida, uma série de exames deverão ser feitos

  • Exame do grau
  • Topografia da córnea (avalia a curvatura da córnea)
  • Paquimetria (espessura da córnea)
  • Mapeamento de retina

A cirurgia leva no máximo 20 minutos e o paciente é liberado no mesmo dia.

Após a cirurgia, os médicos recomendam repouso, principalmente na prática de esporte, aguardando de 7 a 14 dias. Natação ou mergulho deverão ser evitados por 30 dias. As atividades profissionais podem ser retomadas, de acordo com O paciente e recomendamos o uso de óculos escuro.

Consulte sempre um oftalmologista e faça os exames periodicamente.

Paralisia do nervo oculomotor

A paralisia do nervo oculomotor, também conhecida como “paralisia do terceiro nervo craniano” é um déficit neurológico. Essa doença afeta os movimentos dos olhos, a resposta da pupila à luz ou até mesmo ambos os fatores. Pode, também, acarretar na imobilização parcial ou total do nervo. A paralisia oculomotora ocorre quando o nervo tem pouca irrigação de sangue ou quando o mesmo é pressionado.

A pressão ou compressão do nervo, além do baixo fluxo sanguíneo deste órgão são as razões mais comuns para que ocorra a paralisia. Doenças graves como aneurisma podem ser responsáveis pela paralisia do nervo oculomotor quando ocorre uma dilatação de uma artéria que leva o sangue ao cérebro. Esse efeito pode acabar causando hemorragia interna ou o acidente vascular cerebral, ou até mesmo ambos e dependendo da intensidade, pode até mesmo levar a óbito.

Esse risco também é presente na ocorrência de uma hemorragia intracraniana, traumatismo cranioencefálico ou tumor cerebral. Doenças como hipertensão e diabetes também podem causar um fluxo sanguíneo menor. Porém, mesmo sendo uma situação com grande número de casos, essa ocorrência costuma ser menos grave. Meningite e outros processos inflamatórios, também podem causar à paralisia do nervo oculomotor.

Doenças do próprio músculo também podem originar a paralisia, sendo a Paralisia de Bell a mais comum dentre elas. Essa enfermidade causa fraqueza nos músculos do rosto, dando a impressão de que metade do rosto está inclinada, como se estivesse caindo. Esse tipo de paralisia costuma ser mais comum após os 40 anos de idade, porém, pode vir a atingir pessoas de todas as faixas etárias. Alguns estudos indicam que a paralisia pode ocorrer devido á infecções por vírus e bactérias, embora ainda não tenha uma causa identificada.

IDENTIFICANDO A PARALISIA DO NERVO OCULOMOTOR
Existem algumas diferentes maneiras de identificar a paralisia, uma delas é a observação da pupila, pois, geralmente a mesma costuma ser afetada quando a causa do problema é a compressão do nervo. Uma das funções do nervo craniano é elevar as pálpebras e controlar a pupila, mas quando afetada pela paralisia, a pálpebra começa a ceder e a pupila, quando exposta à luz, estreitar e não dilatar.

O olho que foi afetado, acaba sendo nitidamente atingido. Isso porque quando o olho saudável se foca em linha reta o outro se direciona para o lado oposto, causando a visão dupla. Mesmo que o paciente se esforce, ele só conseguirá movê-lo para o centro quando olha para dentro e não conseguirá olhar para cima e nem para baixo. Para identificar a causa da paralisia, é necessário um exame neurológico através de imagens, podendo ser tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Caso o médico suspeite de um aneurisma, mesmo que não seja identificado nos exames de imagem, ele irá solicitar exames como angiografia, punção lombar, angiografia por ressonância magnética, angiografia cerebral, ou angiografia por TC.

O problema será tratado de acordo com a causa. Caso seja uma doença que pode levar o paciente a óbito, um tratamento de emergência será conduzido. Ao notar qualquer contexto de mudança nos olhos, o recomendado é que um médico oftalmologista seja procurado imediatamente. Caso o diagnóstico seja rápido, o protocolo correto será seguido e aumentará as chances de cura.

Bebidas alcoólicas e os riscos que oferecem para a visão

Embora seja lícito e muito popular, todos sabem que o álcool não faz bem para saúde humana, podendo afetar fígado, coração e até mesmo o cérebro. Os olhos não ficam fora disso, pois também podem sofrer danos consequentes do consumo de álcool.

Esses danos podem fazer com a saúde ocular seja afetada pontualmente, ou até mesmo de forma permanente. Para entender mais as causas disso, veja a seguir os riscos que o álcool traz para a visão.

EFEITOS A CURTO PRAZO
O consumo de álcool a curto prazo é capaz de afetar e até mesmo diminuir a percepção de contraste dos nossos olhos. Isso se torna mais perceptível quando há transição de claridade, como quando estamos observando um pôr do sol ou o trânsito, acabamos tendo uma maior dificuldade para identificar diferentes contrastes.

Com isso, acabamos tendo uma alteração em nossa noção de espaço e profundidade notável enquanto o álcool ainda está no organismo. Com o decorrer do tempo essa sensação pode vir a se tornar mais presente e gradativamente aumenta a dificuldade de visão, até o ponto em que se torna permanente.

EFEITOS A MÉDIO E LONGO PRAZO
Os efeitos do álcool tendem a ser mais intensos em médio e longo prazo. Isso ocorre porque a bebida alcoólica causa dificuldade de focalizarmos uma imagem até o ponto de estar totalmente nítida.

Esse efeito força os músculos a trabalharem mais e isso os causa um desgaste intenso que afeta mais rapidamente o seu mecanismo. Com o passar do tempo, esse desgaste eventual torna permanentes os problemas ligados à percepção de distância e profundidade, pois os músculos acabam perdendo a sua capacidade de adaptação e acomodação.

RISCOS À SAÚDE DOS OLHOS
A perda do campo periférico de visão é um outro risco bastante grave para aqueles que consomem bebidas alcoólicas regularmente. Esse problema faz com que essas pessoas tenham dificuldade de enxergar aquilo que está ao seu redor, conseguindo esse feito, apenas quando olham diretamente para algo.

A causa disso, é que com o passar do tempo a visão decorre por um processo de estreitamento que a leva a ter um formato parecido com a de um cano, onde só conseguimos ver o que está adiante. Isso afeta o nosso campo de percepção e nos traz dificuldades em atividades simples, como dirigir.

CONSEQUÊNCIAS MAIS GRAVES
As bebidas alcoólicas podem vir a trazer consequências mais graves para a visão, como síndrome do olho seco, causada pela diminuição da lubrificação natural dos olhos em decorrência do consumo de álcool. Essa síndrome pode vir a causar lesões na área da córnea, além de dificultar a visão de maneira progressiva.

O álcool também pode afetar o nervo óptico, causando uma perda permanente da visão. Além de aumentar o risco de glaucoma, que caso não seja tratado corretamente, pode deixar danos irreversíveis no nervo óptico.

O consumo de álcool por longos prazos de tempo pode causar danos graves à saúde ocular. O ideal é que haja equilíbrio com este consumo e que fiquemos atentos a saúde de nossos olhos, buscando sempre ter o acompanhamento de um médico oftalmologista.

Porque os problemas oculares atingem mais as mulheres

Os problemas oculares atingem a todos os tipos de pessoa. Independente de idade, gênero ou localização, todos podem obter ou desenvolver algum problema oftalmológico. Porém, as mulheres costumam ter maior incidência de casos. Você sabe quais são as causas disso?

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), estudos indicam que em todas as regiões do mundo, mulheres de todas as idades costumam ter um risco significantemente maior que os homens de obterem alguma deficiência visual. A causa principal disso seria o fato delas terem uma expectativa de vida maior, porém, outros fatores colaboram com isso, como a falta de acesso a serviços médicos nas sociedades menos abastadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a cada três pessoas cegas no mundo, duas são mulheres, o que nos leva a um número de 27 milhões de mulheres com total deficiência visual.

A OMS aponta que os motivos para este problema são variados e vão desde as: questões monetárias, falta de orientação educacional relacionada a tratamentos, dificuldade de aquisição de medicamentos, lentes corretivas e a dificuldade de acesso a unidades de saúde.

CAUSAS
Os problemas oculares que costumam afetar mais as mulheres são diversos, como retinopatia diabética, olho seco, degeneração macular relacionada a idade, glaucoma, catarata, doenças oculares inflamatórias, doenças neurofarmacológicas e as relacionadas ao fluxo sanguíneo na região ocular.
As causas biológicas que dão maior suscetibilidade para que as mulheres obtenham essas doenças, embora sejam muito estudadas, acabam sendo pouco conhecidas. Com isso, ocorre maior dificuldade em implementar formas de reduzir as disparidades de gênero quando tratamos da saúde dos olhos. É notável que a interação entre hormônios sexuais, genética, sistema imunológico e os fatores ambientais estão diretamente ligadas a ocorrência de afecções sistêmicas que podem vir a causar graves consequências a visão, como: Diabetes e hipertensão, esclerose múltipla e doenças reumáticas.

Alguns problemas como a degeneração macular relacionada à idade e a síndrome do olho seco, costumam ser mais presentes em mulheres, principalmente após a fase da menopausa, quando se há mais alterações hormonais. Esse fato aponta que a maior expectativa de vida da mulher, que vêm crescido sistematicamente, também é um fator a ser considerado e ressalta a importância de que as mulheres realizem consultas preventivas ao perceberem qualquer sinal de alteração da visão, por menor que seja.

AS GESTANTES
A gravidez traz consigo um período de mudanças físicas, emocionais e psicológicas que afetam o corpo todo, incluindo a visão. A gestação origina retenção de líquido no organismo, o que causa inchaço nos pés, mas também pode vir a afetar e alterar a espessura e o formato da córnea e do cristalino, trazendo mudanças no grau de visão. Alguns sintomas como fotofobia, coceira, embaçamento, manchas escuras na visão, pontos brilhantes e olho seco também costumam ser comuns.

O diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial que atinge ao menos 5% das grávidas e costuma ocorrer após a 20ª semana de gestação) podem vir a acarretar em graves perdas de visão. O quadro costuma regredir após o parto, porém, existe a possibilidade de que haja sequelas.

A hipertensão arterial pode causar o comprometimento dos vasos sanguíneos da retina, através de hemorragias, edema, manchas escuras, sintomas de fotopsias, visão embaçada e dupla. Este problema é grave, por isso a detecção precoce e o tratamento se tornam essenciais para que seja evitada a progressão para a forma mais grave da doença (eclampsia) que pode se tornar causadora da epilepsia, que pode vir a ameaçar a vida da mãe do bebê. É fundamental que as gestantes tenham acesso a acompanhamento oftalmológico durante o pré-natal, principalmente nos casos de mulheres que possuem condições pré-existentes, como glaucomas, tumores, diabetes e até mesmo uveítes.

Independente da sua idade, fase da vida, ou localidade, é importante que mantenha um estilo de vida saudável que preze pela sua saúde ocular. Mantenha uma dieta equilibrada, evite hábitos como o tabagismo, pratique exercícios físicos e utilize apenas óculos que possuem proteção ultravioleta e faça ao menos uma consulta anual com o seu médico oftalmologista.

Síndrome da visão de computador

A síndrome da visão de computador (abreviada com “CVS”, do inglês “Computer Vision Syndrome”) é uma condição resultada do foco dos olhos em uma tela luminosa (monitores, aparelhos de televisão, Smartphones) por longos períodos.

Isso ocorre porque após ficarmos continuamente focados em uma tela, temos a diminuição automática de um terço do número de piscadas por minuto devido a atenção que dedicamos.

Outros fatores contribuem como posturas incorretas, ventilador direcionado ao rosto e o uso de ar-condicionado que acaba ressecando o ar podem vir a agravar a CVS e os seus sintomas. Além disso a luminosidade em excesso faz com que nossas pupilas se fechem e provoca excesso de esforço muscular e sonolência.

O número de pacientes que se queixam com oftalmologistas por sentirem os sintomas da CVS vem aumentando muito com o decorrer do tempo e por isso é muito importante que as pessoas se conscientizem sobre essa situação.

Os sintomas que apontam a síndrome geralmente são: Vista cansada, vermelhidão e irritação, dores de cabeça, lacrimejamento, coceira, fotofobia, sensação de secura nos olhos, dificuldade de focar a visão, alteração das cores na vista, visão embaçada e dupla.

Para evitar a CVS é indicado que o paciente:
– Evite ficar diante da tela por um período maior a duas horas;
– Dê preferência as telas de LCD;
– Lembre-se de piscar constantemente;
– Procure manter uma postura ideal, mantendo os pés no chão;
– Utilize o monitor posicionado na altura máxima da linha de visão;
– Mantenha de 50 a 65 centímetros de distância da tela;
– Aumente a resolução de tela;
– Faça pequenos intervalos para reduzir o estresse visual;
– Utilize lágrimas artificiais para auxiliar a lubrificação dos olhos quando houver ar-condicionado no ambiente;
– Evite que luzes externas façam reflexo nas telas (como a luz de lâmpadas ou do Sol);
– Faça a limpeza da tela constantemente, pois o monitor acaba atraindo mais pó por produzir estática o que dificulta a visão;
– Busque descansar a visão ficando com os olhos fechados ou visualizando o horizonte após o uso.

Além dos cuidados citados, é indicado que o paciente busque tratamento com acompanhamento do médico oftalmologista que poderá indicar lentes para corrigir a visão e colírios especiais para evitar o ressecamento.

Caso a síndrome não seja tratada de forma adequada, o paciente poderá desenvolver quadros mais graves como a presbiopia que normalmente surge nos primeiros anos da terceira idade, mas pode ser antecipada devido ao uso excessivo do computador.

Herpes Ocular: você sabe o que é?

A saúde dos olhos exige atenção e cuidados constantes, pois assim como os outros órgãos do corpo, os olhos também são afetados por doenças que não são genéticas, mas também aquelas causadas por vírus e bactérias, que por sua vez podem vir a causar infeções.

Uma das doenças causadas por vírus e bactérias que podem vir a atingir os olhos, é a herpes ocular. Essa infecção é causada pelo mesmo vírus do herpes labial, conhecido como “HSV”. Esse vírus se hospeda em uma terminação nervosa e fica ali inativo por um período até o momento de se manifestar. Quando o vírus se manifesta nos lábios e na pele, o diagnóstico se torna rápido e simples. Mas quando atinge os olhos, a doença não é identificada facilmente, podendo até mesmo ter um tratamento indevido o que oferece risco do paciente perder a visão.

Casos como esse podem ocorrer porque existem dois de herpes ocular, sendo:
– Herpes simples: A mesma que causa a herpes labial e pode ser passada por contato direto.
– Herpes Zoster: Causada pelo mesmo vírus da catapora. Existem casos de pacientes contaminados na infância que só tiveram a manifestação da doença na fase adulta.

QUEM PODE TER A HERPES OCULAR?
Pessoas que já foram infectadas em algum período da vida, porém, o vírus que está hospedado na raiz nervosa pode ficar ali por longos períodos de forma silenciosa. Sendo assim, a presença do vírus não garante a manifestação da doença.
Alguns fatores de risco podem fazer com que a doença se manifeste, sendo eles: estresse físico e emocional, imunidade baixa, traumas, viroses, exposição excessiva ao sol, avarias odontológicas e a AIDS.

SINTOMAS
Na maioria dos casos a doença costuma se manifestar em apenas um dos olhos, tendo os seguintes sintomas:
– Vermelhidão no olho (principalmente em torno da córnea);
– Dor nos olhos (moderada ou intensa);
– Visão embaçada;
– Sensibilidade à luz;
– Lacrimejamento;
– Inchaço;
– Ardência;
– Excesso de sangue;
– Sensação de corpo estranho nos olhos.

Também é possível que surjam erupções nas pálpebras e sinais que aparentam ser de conjuntivite. É importante mensurar que os sintomas do herpes ocular podem variar de organismo para organismo, dependendo também da parte do olho que foi afetada e do desenvolvimento da doença em cada paciente.

FORMAS DE CONTAMINAÇÃO
O herpes ocular é contagioso e a sua contaminação ocorre através do contato com a pessoa que possui o vírus ativo. Sendo assim, através de lesões existentes nos lábios, rosto, saliva e na troca de produtos contaminados como óculos e maquiagem. Existe também a possibilidade de se transmitir a doença para o outro olho.

A doença em si não é grave, desde que receba o tratamento devido desde o início de sua manifestação. Quando o paciente já teve manifestação de herpes, é importante adotar determinadas medidas de prevenção para diminuir as chances de contágio, como:
– Evitar ao máximo dividir produtos de higiene pessoal;
– Evitar contato com objetos utilizados por pessoas infectadas;
– Manter as mãos higienizadas frequentemente;
– Evitar o contato das mãos com os olhos;
– Ter cuidado e atenção ao higienizar as lentes de contato.

TRATAMENTOS
O tratamento para herpes ocular costuma ser feito com pomadas, remédios de via oral e colírios anti-inflamatórios. Porém, o tratamento deve ser apropriado as necessidades do paciente, sendo assim, qualquer medicação só poderá ser utilizada após orientação médica. Exames podem ser solicitados para evidenciar o real tipo do vírus.
Após o paciente ser diagnosticado, é importantíssimo que comece um tratamento de imediato para anular os desconfortos causados pela infecção. Os remédios irão suavizar os sintomas do herpes, mas ainda assim, não chegam a eliminar o vírus.

Caso tenha dúvidas sobre a doença ou tenha detectado algum de seus sintomas, entre em contato conosco e marque uma consulta na OftalmoSantos.

O que é Retinoblastoma?

O Retinoblastoma é uma espécie de câncer raro que costuma surgir em um ou até mesmo nos dois olhos dos bebês. Caso a doença seja identificada precocemente, poderá ser tratada, sem que o paciente tenha sequelas.

No Brasil costumam surgir cerca de 400 casos de Retinoblastoma por ano, 90% dos casos atingem crianças com menos de cinco anos de idade. Pra evitar o agravamento da condição, é fundamental que os bebês façam o teste do olhinho logo na maternidade. Através deste teste será possível analisar se existe alguma modificação no olho que possa indicar um sinal da condição.

CAUSAS

A retina se desenvolve de maneira rápida nas fases iniciais da vida do bebê e costuma deixar de crescer depois disso. Porém, em alguns casos ela pode vir a continuar crescendo de maneira inadequada, o que pode vir a formar um Retinoblastoma.

Esse crescimento inadequado é causado por uma alteração genética que pode ser hereditária, porém, mutações aleatórias inesperadas também podem vir a causar a condição.

Caso um dos pais tenha sofrido com Retinoblastoma na infância, é fundamental que o caso seja informado ao obstetra para que o mesmo passe a informação ao pediatra. Com essa ação, o pediatra ficará mais atento e poderá identificar a condição de maneira precoce, o que facilitará o tratamento.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Como dito acima, a melhor maneira de identificar o Retinoplastoma é através do teste do olhinho que deve ser feito após o nascimento do bebê.

Um dos principais sinais de alerta do Retinoblastoma é o brilho branco na pupila do olho (popularmente chamado de olho de gato), causado pelo reflexo da luz no tumor, podendo ser visto em fotos.

Porém, também é possível que alguns sintomas sejam identificados, como:

– Manchas brancas no centro do olho, principalmente em fotos com flash;

– Alteração da cor do olho;

– Estrabismo em apenas um ou nos dois olhos;

– Vermelhidão frequente no olho;

– Dificuldade de visão que causa dificuldade em agarrar objetos próximos.

Na maioria dos casos esses sintomas costumam surgir até os cinco anos de idade, porém, é muito comum que a condição seja notada no primeiro ano de vida do bebê, principalmente quando o caso afeta os dois olhos.

Além do teste do olhinho, o médico pediatra poderá vir a pedir um ultrassom do olho para que o diagnóstico seja mais preciso.

EXISTE TRATAMENTO?

O tratamento para o Retinoblastoma pode variar conforme o grau de seu desenvolvimento.

Dentre as opções de tratamento, estão:

– Enucleação;

– Termoterapia transpupilar;

– Crioterapia;

– Cirurgia a laser;

– Braquiterapia;

– Radioterapia externa;

– Quimioterapia.

Os objetivos principais dos tratamentos dos pacientes que possuem Retinoblastoma são a preservação da vida e da visão do paciente. Nos últimos anos a sobrevida de pacientes com Retinoblastoma tem melhorado bastante, graças aos avanços que possibilitam diagnósticos precoces.

Em casos de dúvidas ou de detecção de algum dos sintomas, o médico deverá ser consultado.

Miopia, Hipermetropia e Astigmatismo: A diferença entre as condições.

É estimado que mais de 35 milhões de pessoas no Brasil sofram com ao menos um problema de visão. Dentre todos os problemas os mais comuns costumam ser a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo. Mesmo esses problemas sendo tão comuns, muita gente ainda não entende ao certo as características de cada um e suas diferenças.

Essa informação é importantíssima para que possamos manter a saúde dos olhos, por isso é fundamental que saibamos a diferença entre miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Para que as dúvidas sejam sanadas, fizemos uma lista com as características e diferenças de cada um desses quadros. É importante ressaltar que caso o paciente ainda tenha dúvidas, é fundamental que o médico oftalmologista seja procurado.

MIOPIA

A miopia faz com que o paciente tenha dificuldade para enxergar objetos em grande distância. Esse erro refrativo ocorre porque o olho possui uma curvatura muito acentuado ou até mesmo porque é mais longo que o normal.

Em decorrência disso a imagem é concebida antes da retina, fazendo com que a visão daquilo que está próximo não seja afetada da mesma forma.

Na maioria dos casos a miopia costuma ser hereditária, porém, os hábitos do paciente também podem trazer contribuições que desencadeiam a condição.

HIPERMETROPIA

Diferente da miopia, a hipermetropia trás dificuldade para que o paciente enxergue o que está próximo. Como o olho tem menos comprimento do que deveria, acaba fazendo com que a imagem seja formada atrás da retina.

Um dos sintomas mais comuns que afetam os pacientes com esse quadro é o fato da haver a necessidade de afastar objetos para que a visão seja mais clara, o que costuma causar grandes desconfortos.

A hipermetropia costuma ocorrer com frequência na infância, pois os olhos das crianças ainda estão se formando e por isso ainda não atingiram o tamanho adequado. Porém, nesse caso a condição acaba sendo temporária.

ASTIGMATISMO

Os problemas de visão causados pelo astigmatismo, parecem ser uma mistura da miopia e da hipermetropia, fazendo com que o paciente tenha dificuldade de enxergar tanto aquilo que está próximo quanto aquilo que está distante. Essa condição ocorre porque o formato da córnea não é globular de maneira perfeita, o que gera a chamada visão dupla.

Esse problema pode ser tanto natural, pois alguns pacientes já nascem com essa disfunção, como também pode ser adquirido no decorrer da vida, principalmente em casos de pessoas que já sofrem de condições associadas, como por exemplo o ceratocone.

Assim como a miopia e a hipermetropia, o astigmatismo pode vir a ser corrigido com cirurgia a laser. Também é possível tratar a condição com a utilização de lentes corretoras.

QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE AS CONDIÇÕES?

As três condições têm em comum o fato de serem erros refracionais causados pelo formato do olho do paciente e também o fato de poderem ser corrigidas com cirurgia a laser.

É comum que alguns pacientes tenham tanto miopia e astigmatismo em um dos olhos ou astigmatismo e hipermetropia. Já a miopia e a hipermetropia não podem afetar um mesmo paciente por serem causadas por condições contrárias.

É importante ressaltar que no caso do astigmatismo, o mal hábito de coçar os olhos pode vir a causar problemas irregulares. Com o avanço do ceratocone, é possível até mesmo que o paciente perca a visão, o que não costuma ocorrer com as outras duas condições.

Mesmo que as diferenças entre as condições pareçam fáceis de serem identificadas, apenas um médico oftalmologista poderá diagnosticar precisamente qual é a condição de cada paciente.